sábado, 15 de novembro de 2008

Fomos à Biblioteca conhecer um escritor

Olá meninos, hoje foi um dia muito divertido.
A visita à Biblioteca Municipal de Fafe surgiu a partir de um convite por parte da responsável pela biblioteca para conhecer o escritor Nuno Higino e sua obra.
Esta actividade começou à uns dias com a leitura de uma das suas obras nas salas de aula, nós empenhamo-nos muito, quer na leitura, assim como na elaboração de alguns trabalhos. Ficaram mesmo fixes. Esta tarefa realizou-se nos dias que antecederam a visita à biblioteca.
Hoje, o encontro revelou-se muito enriquecedor. O escritor respondeu a questões colocadas por nós e pelos meninos das turmas do 4º ano. Contou alguns episódios da sua vida, do seu trabalho, da escrita dos seus livros…
A Rute ofereceu uma flor amarela ao escritor e ele adorou.
O escritor Nuno Higino disse uma adivinha e o primeiro a acertar ganhou um livro (foi um menino do 4º ano)
No final oferecemos os trabalhos que fizemos nas salas, e recebemos autógrafos. Alguns meninos compraram livros.
Nós gostamos muito desta actividade.
Aqui estão algumas imagens do que fizemos

Trabalho de Grupo da turma 4 do 3ºano







Desenvolvimento da linguagem

Esta semana o tema abordado no âmbito da acção de Formação PNEP foi o desenvolvimento da linguagem através da compreensão de textos.
No início do trabalho comecei por distribuir pelos alunos um pequeno texto com uma história. A história escolhida foi “O velho moinho “ retirada do livro de histórias de Tempo vai tempo vem, de Maria Alberta Menéres que leram em silêncio. Em seguida pedi a um aluno para o ler em voz alta.
Foi feita a exploração oral do mesmo.
Após a compreensão da história, pedi aos alunos para preencherem uma folha dividida em dez quadrados, respeitando as seguintes regras:
Situação inicial;
Elemento desencadeador;
Complicação;
Resolução;
Final
De salientar que para cada uma das situações atrás referidas foi feita a sua ilustração
Posso concluir que este tema é muito interessante não se esgotando aqui.
Alguns dos textos elaborados estão aqui representados.

“O velho moinho”

No alto daquele monte, o moinho era tão velhinho, tão velhinho que de dia para dia as suas grandes velas brancas rodavam com mais dificuldade e lentidão.
- Por que paraste meu moinho? - Perguntava o moleiro, aflito por ter ainda muitos sacos de grão para moer.
- Porque não há vento - respondia o moinho.
Realmente, o moleiro acabava sempre por concordar que o vento não era muito e que o moinho velho era bem capaz de ter razão!
Ora um dia, num lindo dia do começo da Primavera, o moinho sentiu que as suas velas, pareciam pesar mais do que nunca! A pouco e pouco, por mais que se esforçasse, já quase as velas não lhe rodavam no ar e principiavam a lembrar grandes asas abertas no alto do monte.
Então o moinho pediu:
-Areias do ar, poisem em mim e façam-me andar!
Três areias pequeninas que andavam por ali, a saltar de coisa em coisa, acudiram logo e deixaram-se cair em cima das velas, a fazerem-se pesadas para elas rodarem. Mas as velas nem se moveram.
Então as areias puseram-se a gritar:
-Andorinhas da terra e do ar, poisem aqui junto a nós, para o moinho girar!
Cinco Andorinhas espevitadas, acabadinhas de chegar à Primavera, acudiram logo e vieram poisar em cima das velas, a fazer força para elas rodarem.
Mas as velas nem se moveram.
Então as andorinhas puseram-se a gritar:
-Ventos do norte e do sul, vinde ajudar! Vinde depressa, para o moinho não parar!
E os ventos do norte e do sul chegaram esbaforidos, quase tropeçando nas cordas das velas do moinho.
Como que por encanto, o moinho começou a sentir as suas velas soltas e rápidas a girarem sem esforço. Brancas, cada vez mais brancas de alegria.
Só o Moleiro não percebia nada e abria a boca num espanto:
Ah! Mas como é que o meu moinho, tão velhinho, a sua velhice já não sente, e começou a girar assim de repente?!


Maria Alberta Menéres
Do livro “histórias do tempo vai tempo vem”